Mais de 81 mil mudas de abacate vão ser distribuídas a partir do próximo ano aos produtores a nível das dezoito províncias do país, visando relançar e dinamizar o fomento da cultura deste produto. O facto foi anunciado no Huambo pela chefe da Estação Agrícola Experimental da Chianga, Helena Malite.
A responsável que falava durante a visita efectuada recentemente pelo ministro da Agricultura, Florestas Pescas, António Assis, que se fazia acompanhar de uma delegação Multissectorial, informou que os produtores de abacate da província do Huambo estão a produzir em média anual 120 a 160 toneladas de abacate que tem sido exportado para as províncias de Luanda, Cuando- Cubango, México, Benguela e Huíla.
Helena Malite esclareceu, ainda, que no mercado local um abacate, por exemplo, está a ser comercializado entre 100 a 200 Kwanzas. Nesse sentido, realçou que um abacateiro pode produzir entre 200 a 800 abacates, tendo acrescido que a produção de frutas, está a contribui, de forma expressiva para a renda de muitas famílias.
Neste âmbito, manifestou que a instituição está a trabalhar junto dos camponeses e produtores no sentido de alargarem as áreas de produção frutíferas, com destaque para o abacate, que além de resistir à seca, contribui para a renda das famílias.
Segundo explicações da chefe da Estação Agrícola Experimental da Chianga o abacate no Huambo é consumido como alimento de diversas formas, tal como no Norte da América do Sul, América Central, México e África, como puré, saladas e temperos.
O ministro da Agricultura Florestas e Pescas António Assis, por seu turno, reconheceu que a província do Huambo é potencial na produção do abacate, um produto que considerou exportável se for bem feito, com rigor, ciência e técnica.
O titular da pasta da Agricultura sublinhou que o Instituto de Investigação Agronómica deu início a um trabalho de preparação de mudas para serem distribuídas às famílias do meio rural e por ser muito procurado a nível internacional.
"Se nós tivermos produções consideráveis, a partir do trabalho realizado pelas comunidades será possível obter bons resultados, visto que a região planáltica oferece condições objectivas muita adequadas para puder fazer no país”, realçou.
Fonte: Jornal de Angola - 20/06/2023