O Ministério da Agricultura e Florestas e a construtora Estcol Corporation assinaram nesta terça-feira, no município do Lucala, província do Cuanza-Norte, os autos de consignação para a execução do projecto de requalificação dos perímetros irrigados de Cacala e Coreia-I, criados com o propósito de aumentar a produtividade agrícola de ambas localidades.
As duas empreitadas estão orçadas em mais de oito milhões de dólares e depois da conclusão vão agregar valor para a produção do milho, feijão, tubérculos, hortaliças e outros, com o apoio directo de mais de 1.700 famílias camponesas.
Ambas infra-estruturas de irrigação compreendem barragens e diques, estruturas e equipamentos de adução, condução e distribuição de água, estradas e linhas de transmissão de energia eléctrica internas e rede de drenagem.
Com a criação dos dois projectos, o Executivo angolano prevê implantar na região, mecanismos públicos de agricultura irrigada que em geral, possuem significativo potencial agrícola, caracterizado pelos solos férteis, presença hídrica, clima favorável e abundante força de trabalho.
As duas zonas de cultivo vão contar com mais de 640 hectares, onde vão trabalhar 8.500 pessoas, originárias de Lucala, Ndalatando, Samba-Caju e Cacuso (Malanje), com o propósito de aumentarem a produtividade das cadeias de valor de milho, feijão, soja, café, ovos e frangos e melhorar o acesso ao mercado do agronegócio a nível da região.
De acordo com o especialista de Infra-Estruturas do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC), Victor Marques, a empreitada arranca em Novembro próximo. Frisou que as obras estão orçadas em oito milhões de dólares norte-americanos, através de um financiamento comparticipado, entre o Banco Mundial e a Agência Francesa de Desenvolvimento.
Os trabalhos vão durar cerca de 18 meses e vão permitir a reabilitação das infra-estruturas de irrigação dos dois canais, através da criação de captações com reservatórios elevados, distribuindo-se a água aos cinco blocos de irrigação, por meio de condutas de pressão e gravidade. Salientou que em ambas empreitadas se prevê a criação de 60 postos de trabalho a jovens locais, que vão estruturar 13 quilómetros de aqueduto, oito de conduta e sete de estradas terraplanadas.
Fonte: Jornal de Angola - 14.09.23