A ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen do Sacramento Neto, mostrou-se desapontada pela forma como está a ser gerido o Centro de Apoio à Pesca Artesanal (CAPA) do município do Nzeto, na província do Zaire.
Carmen do Sacramento Neto disse que tendo em conta a existência do Centro em somente três anos, deveria apresentar melhores condições.
"Encontrei uma infra-estrutura com falta de qualidade para o objectivo pelo qual foi concebido. O Centro do Nzeto tem a capacidade de um dia voltar aos tempos áureos da inauguração em 2021. Quanto ao porto-cais, uma das preocupações apresentadas pelos pescadores, o pelouro está a trabalhar para a sua efectivação”, disse.
Segundo garantias deixadas pela titular das Pescas e Recursos Marinhos, o porto-cais já estava inscrito no Orçamento Geral do Estado do ano passado, mas teve que ser retirado por dificuldades orçamentais.
No entanto, prometeu tornar a inscrever essa despesa no OGE do próximo ano, para que o Nzeto possa ter um porto-cais em condições aceitáveis.
Conforme a governante, não se pode causar constrangimentos aos pescadores, como se tem estado a assistir com a descarga do pescado ao longo da costa.
A ministra disse que existe outra forma de ajudar os pescadores a trazerem a produção directamente para o CAPA.
Para a efectivação do projecto concebido para o porto-cais, a ministra Carmen do Sacramento Neto fez saber que vão trabalhar directamente, com a Administração Municipal na reorganização da pesca artesanal, porque não é o Ministério das Pescas que licencia os pescadores para o exercício da pesca artesanal a nível do país.
Por outro lado, a ministra reafirmou que a pesca de arrastão (banda-banda) está proibida, por ser prejudicial a todas as espécies.
A delegação da ministra Carmen do Sacramento Neto teve, sexta-feira, um encontro com a vice-governadora do Zaire para a Área Técnica e Infra-estruturas, Ângela Diogo. Também teve encontros com o administrador do Nzeto, Ketuzaioko Pinda, a administradora para Área de Finanças da Pescangola e vários outros directores locais.
Fonte: Jornal de Angola -03/07/2024