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Instituto Médio Agrário do Huambo cria curso básico de agricultura de subsistência

O Instituto Médio Agrário do Huambo (IMAH) criou um curso para potenciar as famílias que vivem nas imediações da instituição, ajudando-as a fortalecer a agricultura familiar.

 

"Temos um curso básico para os alunos da 7ª e 8ª classes direccionado somente para os alunos que vivem ao redor da escola no sentido de potenciar agricultura familiar, pois temos de criar condições para que os filhos tenham conhecimentos técnicos para poderem ajudar os pais na actividade agrícola", explica o director da IMAH, António Sampaio.

A instituição, que ministra os cursos de produção vegetal, produção

animal, gestão agrícola, agroalimentar e mecanização agrícola, está com 120 mil alunos distribuídos em vários cursos dos quais 178 estão a realizar os seus trabalhos de fim de curso para obtenção do respectivo diploma.

Apesar do número relevante de estudantes e do interesse manifestado, o responsável lamenta a baixa taxa de empregabilidade. Um estudo realizado este mês de Março revela que 57% dos estudantes formados estavam desempregados.

António Sampaio admite que o retorno que o instituto tem dos estudantes já formados ainda não é o que gostariam, dadas as poucas empresas dos sectores agropecuário no Huambo. O estabelecimento de ensino iniciou em 2018 os processos de estágio e "contamos que alguns acabem por permanecer na empresa depois de realizado os três ou quatro meses de estágio curricular", refere.

Por outro lado, o director defende a reformulação do conteúdo programático do curso, dado que alguns estudantes que passam pelas empresas para realizar os estágios queixam-se da desactualização dos programas.

Quanto ao aproveitamento dos trabalhos de fim de curso realizados pelos estudantes, António Sampaio salienta que as empresas "estão satisfeitas", alguns alunos já resolveram problemas das explorações ou das próprias empresas agrícolas e o Instituto Médio Agrário do Huambo está já a trabalhar na elaboração de um livro com a síntese dos trabalhos, para divulgação e partilha de conhecimentos.

Desde 2010 a instituição já lançou para o mercado 1.500 profissionais formados.

Com 20 salas de aulas, a escola conta com um sistema de internato, 37% são estudantes provenientes da província de Luanda.

A digressão de jornalistas inserida no projecto "Andar o País pelos Caminhos da Agricultura e do Desenvolvimento", deixou esta terça-feira a província do Huambo e segue para província da Huíla, mais concretamente para o município de Caluquembe, onde irá visitar a região que conforma o triângulo do milho, área com potencial para a produção de trigo no Waba (antigo colunato), visita às áreas agrícolas do projecto de Fomento e Ordenamento da Agricultura Familiar na Caconda e, por último, visita a região do Gungue.

Fonte: Jornal Expansão (16.03.2021)

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