Luanda - A Rede de Desenvolvimento Rural e Agricultura Sustentável (REDRAS) está a financiar, desde 2020, projectos agrícolas até 500 mil dólares/ano, para o fomento da agricultura familiar e a sustentabilidade da comunidade, através do agro-negócios.
A informação foi avançada hoje, em Luanda, pelo director-geral da Cáritas de Angola, José Quintas, quando falava à imprensa no final do acto de apresentação pública da REDRAS, que levará em conta a especificidade dos mesmos.
Os projectos, disse, são financiados por vários parceiros nacionais e internacionais, com realce para uma filial da Igreja Católica, sedeada na República Federativa da Alemanha, com valores que variam entre 100, 300 e 400 mil dólares cada, em alguns casos totalizam cerca de 500 mil dólares/ano.
Segundo do director, nesta altura existem duas mil e 300 famílias nas Dioceses da Huíla, Lundas Norte e Sul e Malanje, ajudadas a fazer e a utilizar fertilizantes orgânicos, como plantar e colher, com destaque para a comunidade Coisan, com 144 beneficiárias.
“Apesar de ainda não estar no Cunene, o projecto estender-se-á àquela província do país e quando lá chegar, em curto prazo, vai contemplar, além da agricultura, técnicas de preservação do gado, tendo em conta que maior parte da população da região vive da pastorícia”, explicou.
Para director-geral da Cáritas de Angola, o escoamento dos produtos está salvaguardado no projecto, que vai garantir igualmente que os produtos cheguem aos centros comerciais.
Com esta iniciativa, esclareceu José Quintas, pretende-se incentivar o desenvolvimento das comunidades a partir de uma agricultura que seja sustentável, orgânica, que proteja a saúde e garanta o bem-estar social, assegurou o responsável.
Por via da REDRAS, acrescentou o responsável, relança-se um programa que existe desde 2004, há 16 anos no caso. “Mas como rede estamos a operar apenas desde 2020, sendo que relançamento visou congregar vários programas existentes nas dioceses e arquidioceses, cada com o seu parceiro”, aclarou.
A agravação da componente tecnológica nos projectos de agricultura familiar é um dos principais objectivos, desde a junção dos projectos para rentabilizar mais a produção das famílias e fazer com que as mesmas absorvam as técnicas e tecnologias agrícolas para usarem no pós-projecto.
“A isso, vai-se acrescentar a pastoral social da agricultura, com incentivos e formação de como plantar, que adubo orgânico usar, como e quando colher, como manter a água em tempo de seca, por formas a incentivar o agronegócio”, concluiu o director-geral da Cáritas de Angola.
Fonte: Angop (31.03.2021)