Luanda – A criação de uma imagem de marca do café africano e a advocacia para este reconhecimento junto do mercado internacional constam dos desafios da União Africana (UA), a curto prazo, para colocar a produção continental na “ribalta” e entre a preferência dos consumidores.
A informação foi avançada, hoje, à ANGOP, angolana Josefa Sacko, para quem é necessário mobilizar-se o investimento do sector privado para apoiar a sustentabilidade das marcas e ou origens do café africano.
Segundo a comissária da União Africana para a Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável, é imperioso o estabelecimento de uma cadeia regional de abastecimento de café sustentável.
Falando a propósito do Dia Internacional do Café (assinalado nesta terça-feira, 14 de Abril), disse que essas intenções enquandram-se na eventual transformação da OIAC numa Organização especializada da UA, com vista a reforçar estes objectivos continentais.
“Criar a procura, com especial realce para as ligações de mercado e investimento, assim como reinvestimento do sector privado por parte dos produtores, bem como promover-se o clima e práticas amigas do ambiente, são outros desafios da organização, nesse domínio”, adiantou.
Gerir o conhecimento acumulado, disseminar informações pertinentes e as lições aprendidas, de forma a construir-se parcerias inclusivas e equitativas, sublinhou Josefa Sacko, é o principal objectivo, que obriga, de cada país membro, o incremento de esforços afins.
Neste particular, a antiga Secretária-Geral da Organização Inter-africana do Café (OIAC) - durante 13 anos incentivou a promoção da produção sustentável e o abastecimento de café de origens específicas.
Influenciar a política de apoio a sistemas de produção de café resistentes ao clima, e reorientar-se as estatísticas para se demonstrar a viabilidade económica da produção de café no pequeno produtor a nível dos pequenos proprietários, figuram também das estratégia.
O Dia Mundial do Café é comemorado anualmente a 14 de Abrill. A data homenageia uma das bebidas mais adoradas do mundo, e com acentuada produção em Angola, no período pré-independência, com a província do Uíge na liderança, a colher na altura cerca de 18 mil .toneladas/ano.
Fonte: Angop (14.04.2021)