O ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, desafiou, sábadop, na província de Benguela, os operadores da indústria metalúrgica a engajarem-se na produção de equipamentos agrícolas.
O objectivo é fazer com que estes profissionais contribuam também nos programas do Executivo sobre o fomento da produção nacional, enquanto parte da estratégia de combate à pobreza.
No termo da visita de três dias a Benguela, o ministro considerou a província como um potencial e celeiro industrial do país.
Segundo Mário Caetano João, Benguela tem indústria diversificada, que pode contribuir nos objectivos do Executivo de aumento da produção nacional de bens alimentares.
No último dia de trabalho, em Benguela, o ministro da Economia e Planeamento visitou a indústria "Nova Fumetal”, situada na zona D, arredores da cidade. A realidade das condições técnicas e empenho dos profissionais da indústria Fumetal são positivos, de acordo com o governante, na medida em que estão a contribuir no fomento e diversificação de equipamentos de fomento à agricultura.
O ministro Mário Caetano João considerou a indústria potencial e merecedora de apoio a vários níveis. Daí que, perante tal facto, o Ministério estará sempre disponível a prestar apoio naquilo que estiver ao seu alcance.
Garantiu que o sector da Economia e Planeamento vai fazer um acompanhamento junto de diferentes órgãos, para que a empresa Fumetal venha, nos próximos tempos, beneficiar de crédito bancário, para que a sua actividade de fabricação de equipamentos agrícolas atinja o nível mais desejado.
Mário Caetano João fez saber que o incentivo aos operadores do ramo da indústria significa um indicador de progresso. Permite que estejam devidamente alinhados face às novas dinâmicas estruturadas pelo Executivo angolano, com o objectivo fundamental de dar resposta positiva às reais necessidades sociais das populações, assim como fomentar o crescimento económico.
O ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, trabalhou na província de Benguela durante três dias, tendo, na ocasião, visitado vários empreendimentos de grande impacto económico dos sectores pesqueiro, salineiro e comercial, sedeados nos municípios da Catumbela, Baía Farta e Benguela, respectivamente.
Desafios da Fumetal
O director-geral da Fumetal, Jamir Baptista, fez saber que a indústria que dirige, para além de outras máquinas produzidas com sucesso em ferro fundido, está a produzir também equipamentos específicos para a transformação do arroz, massambala, milho, feijão, mandioca, amendoim, entre outros cereais.
"Somos agora um micro pólo de prestação de serviços diferenciados, composto por várias indústrias, desde a Nova Fumetal, Publimetal, Somarcampo, entre outras, com um percurso histórico de 30 anos de experiência na produção de materiais ferrosos e não ferrosos”, explicou.
Famir Baptista afirmou que o desafio apresentado pelo ministro é uma novidade recebida com satisfação e agrado.
Avançou que, na base da visita feita pelo ministro da Economia e Planeamento, a Fumetal se compromete a dinamizar o aumento e diversificação da produção, de modo que venha garantir a proliferação de equipamentos de interesse dos produtores de arroz.
A título de exemplo, o grupo Fumetal, já tem feito máquinas que processam três toneladas de arroz por hora, cujas capacidades das mesmas podem trabalhar todo o dia de forma ininterrupta. Tal significa existir condições por parte da empresa para atender os desafios do mercado nacional no sector da agricultura.
A empresa tem 100 trabalhadores, maioritariamente jovens, com idades compreendidas dos 19 aos 45 anos. Integra também um número reduzido de trabalhadores com mais de 50 anos, que fizeram carreira profissional na empresa, desde a juventude e, hoje, são os que passam o testemunho profissional à nova geração de técnicos na secção de estágio sobre o manuseamento das máquinas.
Fonte: Jornal de Angola - 17.09.23


