Um total de 13.993 cabeças de gado de diferentes espécies foi comercializado e transferido da província do Cunene para diferentes pontos do país, para fins de reprodução e abate, durante os primeiros seis meses do presente ano, anunciou, terça-feira, o chefe dos Serviços de Veterinária.
Cláudio Simão disse ao Jornal de Angola que, entre os animais adquiridos nos seis municípios da província, constam 1.850 bovinos, 10.969 caprinos, 449 ovinos e 685 suínos. Em relação ao período anterior, afirmou que os números representam um aumento de 1.399 animais que saíram do Cunene para outros pontos de Angola.
As províncias de Luanda, Huíla, Benguela, Malanje, Cuanza-Sul, Cuanza-Norte e Lunda-Norte foram os principais destinos do rebanho que serviu para abate e outros para reprodução animal nestas regiões.
O processo de aquisição e trânsito de animais, informou, inicia nas comunidades, passando pelo processo de quarentena, em que é feita a legalização para a movimentação do gado, de forma a evitar possíveis casos de furtos.
Montante arrecadado
O responsável sublinhou que comparativamente ao período anterior, registou-se um incremento de cerca de cinco milhões de kwanzas arrecadados, fruto da actualização das taxas da tabela da Lei de Sanidade Animal.
Por outro lado, prosseguiu, no âmbito do processo inspectivo, foram averiguados em locais de abate um total de 3.930 animais, sendo 264 bovinos, 1.941 caprinos e 1.725 suínos, com uma produção de 173.840 quilogramas de carne nos seis meses.
O chefe do Serviço de Veterinária no Cunene chamou a atenção ao facto de continuar a se verificar o abate de animais de forma clandestina em mercados informais, no interior de quintais e nas comunidades rurais, cuja carne é comercializada sem a devida inspecção sanitária.
A província do Cunene, de acordo com dados do Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas, tem um controlo de um milhão e 100 mil cabeças de gado bovino, dois milhões 150 mil de caprinos, 75 mil ovinos, 50 mil suínos, dois mil e 700 equinos, seis mil asininos e dois milhões e 500 aves.
Os dados indicam que o sector tradicional detém a maior parte do efectivo ganadeiro da província.
Fonte: Jornal de Angola - 17/07/2024