A linha de produção de ração animal de vários tipos em quantidades que satisfaçam a actual procura nos mercados das províncias da Huíla, Namibe e Cunene, vão, brevemente, ser recuperadas no complexo industrial da Nova Cimor, situada no município da Matala, na Huíla.
O projecto, por enquanto sem se avançar custos devido ao estudo de viabilidade em curso, vai ser financiado pelo Fundo de Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA), para além da transformação de quantidades consideráveis de milho em fuba, vai passar a aproveitar o farelo para a produção de vários tipos de ração.
O administrador do Fundo de Activo de Capital de Risco Angolano, Mário Augusto, que avançou o facto há dias, na circunscrição em referência, fez ainda saber que os gestores estão a avaliar as condições necessárias para o início da produção da ração que já tem sido muito procurada pelos criadores de animais.
Os técnicos do FACRA enal- teceram a actual organização dos gestores da fábrica assim como o nível de organização do complexo fabril por estar a contribuir para cobrir as necessidades do mercado animal. Mário Augusto mostrou-se satisfeito com o nível organizacional e produção da Nova CIMOR.
Foi também reconhecido o empenho dos gestores do empreendimento, pelo facto de estarem já a atingir os mercados do Cunene, Huíla, Namibe e mais recentemente Luanda, que têm sido os clientes de quantidades consideráveis de fuba.
O administrador municipal da Matala, Manuel Machado Quilende, satisfeito com as acções do fundo na materialização de várias iniciativas da classe empresarial da região Sul e de outras do país, reconheceu também que um nú- mero considerável de jovens da circunscrição conseguiu empregos directos e indirectos.
O complexo industrial em referência criado na década de 60, tido como um dos activos do Estado , está sob gestão privada desde 2000, cujo processamento, selecção e transformação de milho, tem permitido a injecção de fuba com qualidade reconhecida em vários estabelecimentos comerciais.
Construção de silos
A rede de armazenamento de cereais começou a ser melhor estruturada, há 10 anos, na província da Huíla, com a construção de silos com capacidade para 1.500 a 2.000 toneladas.
O programa concebido pelas autoridades e parceiros, visou criar mecanismos exequíveis para concentrar e conservar quantidades consideráveis de cereais produzidos pelos camponeses.
Com uma rede de armazenamento de cereais implan- tados em vários pontos da Huíla, há locais específicos para a comercialização e armazenamento, sobretudo de milho branco e amarelo, valorização e uniformização dos preços.
O soba grande da Huíla, Daniel de Sousa, considerou os silos uma mais-valia para os pequenos e grandes agricultores da província. Os produtores, sublinhou, perdiam a maior parte das colhei- tas por conservarem em locais que na época das enxurradas afectava.
Já o produtor de milho, Domingos Kawalala, um comerciante de milho que adquire nos municípios de Caconda, Caluquembe, Quipungo, Matala e Chicomba, apelou às autoridades a construírem outros silos nas localidades que lavram milho em quantidades consideráveis para se melhorar a qualidade de conservação e incentir cada vez mais a produção de milho.