A importância do consumo de alimentos saudáveis foi tema de debate, sábado, na Escola Primária n.º 335, no município do Cazenga, em Luanda, numa iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
Em declarações à imprensa, o representante da FAO, Anastácio Gonçalves, revelou que a insegurança alimentar, as desigualdades sociais e mudanças climáticas representam grandes desafios para muitos países do mundo.Por este motivo, disse, o tema surge como um chamado à acção, para garantir o direito básico à alimentação como parte fundamental de um futuro mais justo.
Hortas escolares
O representante do Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura frisou que o Programa Nacional de Hortas Escolares, com o apoio do Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas, vai promover o ensino da produção agrícola nas instituições de ensino e incentivar o cuidado com o meio ambiente.
Por seu turno, a administradora municipal do Cazenga, Nádia Neto, manifestou-se satisfeita pelo facto do município ter sido escolhido para a realização da palestra, tendo em conta a importância do assunto em abordagem.
Nádia Neto referiu que os alimentos confeccionados na cozinha da Escola Primária n.º 335, provém da horta escolar criada dentro daquele recinto. “As crianças têm estado a cultivar os próprios alimentos e, estes, posteriormente são confeccionados e inseridos na merenda escolar, no quadro do Programa de Combate à Fome e à Pobreza”.
A instituição, informou a administradora prevê instalar mais cozinhas escolares a nível do município, numa altura que já conta com duas infra-estruturas do género a nível daquela circunscrição.
“O propósito é que todos os distritos urbanos contem com duas cozinhas escolares, no mínimo, para que a merenda escolar possa chegar a todas as crianças que estão em idade escolar”, disse.
Desafios e Soluções
O director provincial do Gabinete de Agricultura de Luanda, João Pedro, explicou que a instituição gizou um programa para a implementação do Programa de Hortas Escolares em todos os municípios da capital. “O gabinete apoia, não só em termos de meios, mas, também, com o suporte técnico, através da colocação de vários técnicos à disposição das instituições abrangidas.
Jornal de Angola, 21 de outubro de 2024