Mais de 160 novos lotes de terra, que perfazem mais de 16 mil hectares para produção de sal estão concebidos na cidade do Sal (Chamume), município da Baía Farta, no âmbito do Plano de Urbanização, informou, quinta-feira, o administrador municipal da Baía Farta, Evaristo Calopa Mário.
Os lotes fazem parte de mais 20 salinas que estão na eminência de surgir, no município da Baía Farta, cujos investidores estão a cumprir os procedimentos administrativos, operações de limpeza de solos, construção de canteiros, a compactação de solos, entre outros.
Ao falar das perspectivas para este ano Evaristo Calopa Mário disse ao Jornal de Angola, que município da Baía Farta tem em actividade sete (7) salinas controladas, que são responsáveis pela produção de cerca de 80 por cento de sal consumido no país.
Segundo fez saber, o município da Baía tem a atribuição de cidade do sal, concebido pelo Governo da província, que é um espaço próprio para a produção de sal, com lotes ligados à produção (do sal), outros ligados a investimento imobiliário e outros no domínio da promoção do turismo, entre outros.
“Nós temos no Plano de Urbanização da Cidade do Sal, acima de 160 lotes, que dão uma estimativa de mais ou menos acima de 16 mil hectares para produzir sal. Os espaços fazem parte de novas salinas que surgirão no município”, disse, salientando que, nos próximos tempos, mais de 20 novas salinas vão ser criadas nos municípios, cujos processos de legalização decorrem sem sobressaltos.
Circunscrição tem futuro
O administrador municipal da Baía Farta, Evaristo Calopa Mário, informou que, na verdade, a sua circunscrição é o município de futuro e é a terra da prosperidade.
“Nós estamos satisfeitos com as perspectivas dos investimentos previstos para o nosso território, particularmente, no domínio da indústria salineira”, manifestou a sua satisfação, acrescentando que, Baía Farta é um município timoneiro da indústria pesqueira, pese embora esse segmento industrial esteja a atravessar num momento de desafios que tem a ver com a escassez de pescado.
Mediante a actual realidade, frisou, as medidas que o Governo está a adoptar visam no sentido de contrapor a pesca de arrastões e a violação das normas de acesso ao mar e de captura, o que vai promover estabilidade neste segmento do sector, reconhecendo a expectativa dos industriais e não só, sobre as medidas que venham resultar, visando a devolução dos níveis de captura anteriores.
O gestor mostrou-se satisfeito com o despontar das novas indústrias salineiras na região. Afirmou que o município é o maior produtor de sal do país e antevê-se o surgimento de mais salinas, que, seguramente, vão oxigenar a economia local, na medida em que, para além de criar postos de trabalho para a juventude que muito está ansiosa, vai também proporcionar a arrecadação de receitas para os cofres do Estado, visando a concretização do interesse público, o que anima.
O administrador municipal da Baía Farta reconheceu que, além do potencial salineiro e pesqueiro, a Baía Farta tem também as melhores baías a nível do sul de Angola, em geral, e na província, em especial.
“Obviamente, a perspectiva do investimento no turismo é boa. É claro que temos que atrair investidores, criar condições que permitam que os investidores, de facto, se sintam atraídos para o nosso território”, disse.
Frisou que a perspectiva que o Governo está a gizar, está em voga a discussão da elaboração do Plano Director do Turismo que vai ser um instrumento que vai permitir que se veja este segmento com olhos de ver e com perspectivas de, por via, dele, também, assegurar a arrecadação de receitas e com isto garantir mais postos de trabalho.
“Esses factores todos animam-nos, a par do sector agropecuário, um segmento que conhece os seus passos com o perímetro irrigado do rio Coporolo, com a criação pecuária na comuna da Calohanga”, afirmou.
Acrescentou que as autoridades do município vão continuar a assegurar que os investidores se sintam atraídos e façam investimentos na região, que dispõe de várias oportunidades, não só no ramo salineiro, como também no turismo.
Disse que as autoridades locais vão continuar a desempenhar o seu papel de regulador e incentivadores para que esses investimentos tenham lugar.
Fonte: Jornal de Angola - 05 de janeiro de 2025