A Indústria do abacate em Angola prevê atingir, a partir de 2026, um crescimento na produção anual até cerca de mil toneladas, em função do trabalho realizado por um conjunto de sete fazendas, com uma área plantada estimada em 600 hectares.
A informação foi avançada pela representante do projecto “Cluster do Abacate”, Dulce Oliveira, em declarações aos órgãos de comunicação social à margem da 2ª edição da AAPAbacate, subordinada ao tema “Como Posicionar Angola no Mercado Mundial e Desenvolver uma Indústria de Abacate Assente na Excelência e na Sustentabilidade”.
A produção prevista, de acordo com Dulce Oliveira, será exclusiva para o processo de exportação, principalmente com destino para os países do continente e fora da região.
Quanto às fazendas em causa, a responsável informou que três estão localizadas na província do Cuanza-Sul, duas na província do Huambo, uma na província da Huíla e uma está localizada na província do Cunene.
As fazendas em causa, destacou Dulce Oliveira, têm já árvores plantadas e algumas reservadas para exportação.
Por outro lado, para a produção actual, reforçou, a indústria do abacate no país é relativamente nova, e que a maior parte das árvores vão entrar em idade produtiva este ano, com uma média de três a quatro anos de crescimento.
Por outro lado, o porta -voz sublinhou que não existe ainda uma produção comercial das variedades exportáveis, daí que, este ano, possivelmente será a primeira colheita em que juntando todos os produtores vão conseguir atingir as mil toneladas por ano.
Dulce Oliveira, que é a porta-voz do evento, explicou que o país regista actualmente um grande potencial para a aposta na exportação em três países, um processo que ainda não foi concretizado por não oferecer um volume de produção suficiente para dar resposta aos parceiros.
Quanto aos mercados alvos, Dulce Oliveira destaca a Holanda, que é um dos maiores parceiros da Indústria em Angola, e que manifestaram interesse na aquisição do abacate, a África do Sul é o segundo mercado alternativo que está em fase de abertura ao processo para frutas de primeira e segunda categoria.
A título de exemplo, no grupo das sete fazendas destaca-se a Novagrolider, que aposta fortemente na exportação do abacate e outros produtos para o mercado europeu.
Dulce Oliveira garantiu que, até ao final de 2025, três a quatro fazendas das sete existentes no programa, também vão exportar o abacate, por ser o período para a colheita do produto.
Fonte, Jornal de Angola - 27 de Fevereiro de 2025