O ministro da Agricultura e Florestas, Isaac dos Anjos, considerou, quinta-feira, o Corredor do Lobito uma oportunidade para o país dar resposta à demanda de escoamento e exportação da produção agro-pecuária.
A afirmação foi apresentada no acto de abertura da VII Conferência E&M sobre Agricultura com o tema “O Papel dos Transportes e Logística no Desenvolvimento do Sector Agropecuário”, numa iniciativa da Revista Economia & Mercados.
Na avaliação de Isaac dos Anjos, a oportunidade no Corredor do Lobito está aí e não é apenas para alguns. “Temos a oportunidade de exportar, temos mercado a oferecer-se voluntariamente. Integrem para haver paz”.
"Para exportar abacate podemos incluir milhares de pessoas a fazer a mesma coisa. Basta definirmos as regras. O tamanho, a qualidade e os players para comprar, empacotar, embalar, exportar e dividir o mais importante que é o dinheiro", disse.
Para Isaac dos Anjos num contexto de crises múltiplas interligadas emergiu o consenso global sobre a necessidade de uma transformação urgente e profunda dos actuais sistemas agrícolas e alimentares e é vista como motor.
De acordo com o ministro para atender os desafios globais crescentes, como a insegurança alimentar e nutricional, as alterações climáticas, o esgotamento dos recursos naturais e a perda de biodiversidade, entre vários caminhos disputados, a Agroecologia aparece cada vez mais como uma resposta credível e eficaz para mais sustentabilidade e resiliência.
" A Agroecologia combina conceitos e princípios ecológicos e sociais, para desenvolver sistemas alimentares sustentáveis, aproveitando soluções baseadas na natureza que são adaptadas às necessidades dos agricultores, tem como objectivo proteger e melhorar os meios de subsistência rurais, a equidade, o bem-estar social".
Ajudar os agricultores
Segundo Isaac dos Anjos, admitiu que, os agricultores para serem ajudados têm que converter a agricultura de subsistência em agricultura voltada para o mercado, com qualidade e preço resiliente e sustentável, bem remunerada e capaz de grandes benefícios para as famílias como o próprio suposto ao alcance de qualquer Estado-membro.
O desenvolvimento tecnológico alcançado, reconheceu, permite o uso de sistemas de irrigação mais eficientes, ampliação de áreas com recursos a equipamentos motorizados de fácil manuseio e adaptados a homens e mulheres.
Empreender mudanças para o agroalimentar
O Plano da FAO para o período 2025/2028, aprovado pelo Ministério da Agricultura, contempla recomendações da União Africana e encoraja o Governo angolano a empreender mudanças dos sistemas agrícolas para o agroalimentar, indicou Isaac dos Anjos.
“A nossa geração tem a sublime oportunidade de mudar o cenário e dar aos angolanos o benefício de participarem conscientemente deste apelo universal, para se erradicar a pobreza com actividade e sem paternalismos, fazendo de cada um activista para esta nova e nobre causa”, afirmou.