Luanda - A embaixadora de Angola na Itália, Josefa Sacko, defendeu esta quarta-feira (4), em Luanda, o aproveitamento da experiência italiana no domínio da agricultura para garantir a segurança alimentar e nutricional do país.
Em declarações à ANGOP, a propósito da cooperação entre os dois países, Josefa Sacko sublinhou que tendo em conta a experiência da Itália na agricultura deve-se reforçar este laço de cooperação para garantir a segurança alimentar e nutricional.
Nomeada a 7 de Março do ano em curso, a embaixadora Josefa Sacko parte sábado (7) de Junho para Roma, Itália, para iniciar as suas novas funções depois de oito (8) anos de missão na sede da União Africana, Etiópia, como comissária para Agricultura.
Para além da agricultura, a diplomata perspectiva uma relação mutuamente vantajosa entre Angola e a Itália, aproveitando o potencial um do outro, nos sectores dos transportes aéreos, saúde, minas, cultura e social.
Fotos em destaqueRecordou que a Itália e Angola sempre tiveram boas relações, recordando que este foi o "primeiro país europeu a reconhecer a República de Angola, depois da proclamação da sua independência, em 1975".
"Sempre tivemos laços de cooperação, principalmente no início da nossa independência. A cooperação era mais assente na área dos petróleos", enfatizou a diplomata.
Por outro lado, Josefa Sacko disse estar disposta a trabalhar com a Câmara do Comércio Angola/Itália para que se possa reforçar esta cooperação, envolvendo o sector privado.
"Temos o potencial, principalmente na área da agricultura, mas não os exploramos. São factores económicos que temos de reforçar para que possamos aproveitar realmente estas cooperações", argumentou.
Nesta senda, prometeu trabalhar afincadamente para a concretização destes desafios e incentivar os empresários angolanos a aproveitar a experiência dos empresários italianos.
A diplomata frisou ainda que este país europeu tem demonstrado grande empenho no apoio ao continente africano.
Disse que pode constatar este empenho durante a sua missão na União Africana, onde a Itália ajudou bastante na área do ambiente, montando um laboratório e uma sala meteorologia na sede da organização continental para controlar os problemas das alterações climáticas em África, sem nenhum atraso.
"É deste tipo de parceria que nós queremos, uma parceria onde há visibilidade e há acção", argumentou.
Sublinhou ainda que "o continente africano não polui tanto como os outros, sendo que a nossa responsabilidade histórica na problemática da poluição não é superior a 4%, mas somos os mais vulneráveis por falta de infra-estruturas, daí que quando temos uma calamidade não temos como salvar vidas.
Fonte: Angop - 04 de Junho 25