As escolas de campo são espaços de capacitação dos pequenos agricultores sobre práticas melhoradas de agricultura, tecnologia agrícola moderna, melhoria da fertilidade dos solos e da gestão integrada dos nutrientes, gestão de negócios, entre outros aspectos.

Em declarações terça-feira, à ANGOP, o coordenador provincial do Projecto de Agricultura Familiar e Comercialização (MOSAP II), Paulo Sozinho, salientou que as escolas de campo, que começaram a ser criadas em 2019, têm-se revelado eficazes para a melhoria da produtividade e da diversificação das fontes de renda das famílias, com a introdução do feijão, batata-rena, milho e hortícolas, a par da cultura tradicional na região, a mandioca.

De acordo com o responsável, fruto dessa estratégia, mais de 13 mil e 400 famílias  alcançaram, em 2020, uma produção de duas mil e 521 toneladas de produtos diversos, com destaque para mil e 71 de batata-rena, 188 de feijão, 171 de milho, 591 de repolho e 500 de tomate.

Para tal, acrescentou, as famílias beneficiaram de 180 toneladas de fertilizantes, 94 de sementes de feijão, 156 de batata-rena e três milhões de estacas melhoradas de mandioca, esta última cultura com um ciclo de produção de até um ano e seis meses.

No ano transacto, o MOSAP II financiou também a mecanização de dois mil e 781 hectares.

Entretanto, Paulo Sozinho estimou em 54 milhões o valor arrecadado pelos pequenos agricultores na venda da batata-rena, feijão, repolho e tomate, cujo valor reflectiu para as caixas comunitárias da associação de camponeses.

Para este ano, adiantou a previsão de colheita de 75 mil toneladas de mandioca, 475 de feijão, 880 de milho e 480 de batata-rena.

Implementado em 2016, o projecto MOSAP II substitui o MOSAP I, criado na perspectiva de melhorar a segurança alimentar e reduzir a pobreza no meio rural.

Além de Malanje, o MOSAP II está implantado nas províncias do Huambo e do Bié.

Fonte: Angop