Cubal – O ministro da Agricultura e Pescas, António Francisco de Assis, informou, neste município, que o Executivo está a avaliar soluções para relançar o funcionamento do Pólo Agro-industrial do Cubal, paralisado há sete anos.
Segundo o governante, que falava durante uma visita ao empreendimento, nesta quinta-feira, a estratégia passa por encontrar parceiros capazes de colocarem a infra-estrutura a funcionar, para que seja salvaguardado o investimento feito pelo Estado.
“O grande problema aqui é a falta de matéria-prima. Temos problemas estruturais sérios, pois, projectos dessa natureza nunca deviam ter surgido nesta região, que vive sérios problemas de estiagem”, considerou.
Francisco de Assis acrescentou que a nível de Benguela, o município do Cubal é dos que enfrentam mais problemas hídricos, não tendo, por isso, capacidade para produzir milho suficiente para alimentar o pólo.
Na mesma senda, disse que o Cubal tem excelentes condições para produção de sisal e criação de gado, mas não para produzir milho em grande escala para alimentar um projecto de grande dimensão.
“A própria distribuição da população pelo território do município também influencia negativamente no surgimento da agro-indústria”, referiu.
Para inversão do quadro, o ministro destacou que vão reformular estratégias e incentivar as regiões com maior produção de cereais, sobretudo milho, como as províncias da Huíla, Huambo e do Bié, para abastecerem esse pojecto.
O governante enfatizou, por outro lado, que o complexo em referência está em processo de privatização, mas até aqui não surgiu nenhum interessado.
“Esse pólo consta da lista dos empreendimentos a privatizar pelo Instituto de Gestão dos Activos e Participações do Estado, mas infelizmente ainda não apareceu nenhum interessado”, frisou.
Segundo o ministro, o Estado vai continuar a procurar soluções e definir medidas para proteger o seu património, que custou milhões de dólares.
Uma fonte do ministério da Agricultura avançou à imprensa que o Pólo Agro-industrial do Cubal ficou orçado em cerca de Usd 40 milhões.
António Francisco de Assis deslocou-se já, esta sexta-feira, à província da Huíla.
Fonte: Angop (15.01.2021)