Huambo – As colheitas do milho, feijão e das hortícolas podem registar uma queda de 95 por cento na primeira fase da campanha agrícola 2020/21, na província do Huambo, devido à seca, prognosticam as autoridades locais.
Ao falar à imprensa, na sexta-feira, o director do Gabinete local da Agricultura, Tony Camuti, salientou que as 256 mil famílias camponesas podem ter baixas entre 50 a 100 por cento da produção do milho, assim como 90 a 100 por cento na do feijão.
O responsável disse que a falta de chuva que se regista desde Dezembro de 2020, numa altura em que o milho se encontrava na fase vegetativa e o feijão na fonológica da floração, provocou o chamado “stress híbrido” nestas culturas, daí a pouca esperança na sua recuperação.
Perante tal realidade, Tony Camuti fez saber que como alternativa da segunda época agrícola, com início em Fevereiro próximo, as autoridades irão engajar-se na abertura das valas de irrigação, além de incentivar os camponeses no sentido de apostarem na produção de culturas mais resistentes à seca.
Segundo o director do Gabinete Provincial da Agricultura, o Governo vai adquirir equipamentos de irrigação de baixos custos e distribuir aos camponeses, para melhorarem os níveis de produção.
Encorajou os camponeses e os agricultores para apostarem nos terrenos localizados nas zonas baixas e próximos dos rios, para mitigar os efeitos negativos da ausência prolongada de chuva, embora, nos últimos dias, vai-se registando algum sinal.
Para a época agrícola 2020/21, foram cultivados mais de 700 hectares de terras aráveis, com um envolvimento de 256 famílias camponesas, distribuídas pelos 11 municípios, contra as 247 mil e 181 anteriores.
Foram disponibilizadas 31 toneladas de adubo, outras 12 de ureia e 15 toneladas de amónio, numa altura em que a região necessita de 102 mil e 103 toneladas de fertilizantes.
Tida no passado como “Rainha do Milho de Angola”, a província do Huambo, planalto central de Angola, possui uma população de dois milhões, 519 mil e 309 habitantes, na sua maioria camponeses, que dependem essencialmente da agro-pecuária.
Tida no passado como “Rainha do Milho de Angola”, a província do Huambo, planalto central de Angola, possui cerca de dois milhões, 519 mil e 309 habitantes, na sua maioria camponeses.
Fonte: Angop (07.02.2021)